Texto Áureo:Gálatas: 4. 1
INTRODUÇÃO:
Pode parecer contraditório o tema desta lição, pois a Bíblia diz que
aquele a quem o Filho de Deus libertar, verdadeiramente ficará livre: Jo 8.36.
E, se o crente é completamente livre, em que poderia ser ele dependente, e de
que poderia depender? Realmente, o crente liberto de tudo o que seja, jugo
exceto Jugo de Jesus: "Tornai sobre vós o meu Jugo, e aprendei de mim, que
sou manso e humilde de coração; e encontreis descanso para as vossas
almas" (Mt 11.29). O cristão é dependente de Deus, pois em si mesmo não
tem poder para viver vitoriosamente sobre o pecado, neste mundo tenebroso.
Vamos ao estudo deste importante assunto, para sermos dependentes de Deus e
tirarmos disso o maior proveito possível.
1
– DE QUE SOMOS LIBERTOS?
1.1 – Do distanciamento
de Deus
A Bíblia diz que o mundo incrédulo vive distanciado de Deus:
"naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e
estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no
mundo" (Ef 2.12). Esta é a situação do mundo distanciado de Deus, o mundo
incrédulo e Indiferente à pregação do evangelho de Cristo. As escrituras falam
que o homem se afastou de Deus. Isaías foi usado pelo Espírito Santo, para
apelar: "Convertei-vos, pois, ó filho de Israel, àquele de quem tanto vos
afastastes" (Is 31.6). Cristo nos libertou da distância que nos separava
de Deus, quando Ele mesmo, sendo Deus, se fez carne e habitou entre nós. Sendo
Jesus Deus-homem, eliminou a distância entre Deus e o homem.
1.2 –Da barreira de separação
No Templo, em Jerusalém, havia uma separação entre o lugar santo e o
lugar santíssimo, por meio de um véu. Não era um véu, como o de uma noiva,
transparente, mas um espesso tecido, que eliminava qualquer comunicação entre o
santo e o santíssimo. Aquele véu existia, porque o pecado separava o homem de
Deus. Mas, no momento em que Jesus expirou lá na cruz do monte Calvário, aquele
véu se rasgou de alto a baixo: Mt 27.51 ; Me 15.38; Lc 23.45. Jesus estava
demostrando assim, que não há mais separação entre Deus e o homem.
1.3 – Do poder do pecado
Quando falamos de libertação do pecado não
estamos dizendo tudo. Não somos apenas libertos do pecado. E é por pensar
assim, erradamente, que muitos crentes não vivem uma vida imune do pecado. É
que eles ficaram livres dos pecados cometidos e não tomaram posse da bênção de
ficar libertados do poder do pecado. Ficamos libertos dos pecados pelo sangue
que Jesus derramou na cruz. Mas só ficamos libertos do poder do pecado pela
cruz de Cristo, ou seja, crucificados com Cristo, como Paulo: "Já estou
crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim
...(GI2.19a).
2 – POR QUE E DE QUEM O
CRISTÃO DEPENDE?
2.1 – Não existe aparente
diferença entre salvo e perdido
A diferença que existe alguém poderia opinar, é porque muitos crentes
usam um traje característico. Mas isso é aparência exterior, que nada demostra,
pois qualquer pessoa pode usar os mesmos trajes. Paulo falou sobre a semelhança
da situação presente entre o salvo e perdido: "Digo, pois, que todo o
tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja senhor de
tudo' (GI4.1). E nós vivemos neste mundo como herdeiros do Céu, mas aqui temos
os mesmos percalços que tem qualquer pessoa. Como "meninos' que ainda não
receberam a herança, aqui vivemos, nada diferindo dos "servos", que
jamais a receberão.
2.2 – Até mesmo Jesus
sujeitou-se à obediência
Aqui na terra Jesus, que é o Rei da Glória,
também esteve sujeito aos seus pais terrenos, José e Maria: Lc 2.51. Jesus viveu
de modo exemplar, para nos dar o ensino, pelo que foi sujeito aos seus pais: 1 Pe
2.21. E nós devemos estar sujeitos aos pais, enquanto crianças, adolescentes,
jovens e até mesmo adultos, pois os nossos pais merecem ser respeitados e
honrados em todo tempo. Já dissemos que Jesus viveu e exerceu o seu ministério
terreno como homem e não como Deus. E como2 homem, deu-nos o exemplo de
sujeição aos pais.
2.3 – Todos dependem de
Deus
Mas é em grande meneira conhecido, por todo
crente, que em tudo dependemos de Deus. E: Ai daquele que quiser ser
independente d'Ele! Paulo disse: "Porque nele vivemos, e nos movemos e
existimos' (At 17.28). O filho só se torna senhor de sua vida, depois que
alcança a maioridade e toma posse de tudo o que lhe pertence. Aí, então, se
manifestará a grande diferença entre o herdeiro e o servo. Enquanto estamos
esperando o dia em que entraremos na posse da nossa herança, estejamos em tudo
sujeitos e dependentes do Pai, pois Ele tem cuidado de nós: 1 Pe 5.7.
3 – EM QUE CONSISTE A
VERDADEIRA LIBERDADE?
3. 1 – Não é para desfrutarmos dos prazeres transitórios
Há quem busque libertação, mas para fazer mau
uso da liberdade, isto é, para poder usufruir melhor do pecado. Todo aquele que
peca é escravo do pecado: Jo 8.34. Jesus nos liberta, se verdadeiramente
queremos ficar livres do pecado: "Se, porém, andarmos na luz, como ele na
luz está, mantemos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus, seu Filho,
nos purifica de todo pecado' (1 Jo 1.7). Portanto, ninguém poderá ser livre
para viver na prática do pecado. Viver na prática do pecado já é ser escravo e
não livre. E melhor ser servo de Jesus, voluntariamente, do que ser servo do
pecado, escravizado por ele. Afinal, servo é o que serve voluntariamente;
escravo o que serve forçadamente.
3.2 – É verdadeiramente livre o que se fizer servo de Cristo
É para servirmos a Cristo, que somos livres.
Certa vez, alguém disse que os crentes não bebem, não jogam, não dançam etc.,
porque o pastor não deixa. Então lhe perguntei: E quem é que não deixa o pastor
fazer essas coisas? A pessoa pensou um pouco e saiu, andando depressa, sem dar
resposta. É que ela não podia responder, pois sempre existiria outra pergunta.
Ela não sabe que quem impede o pastor de fazer essas coisas que é Deus. E, se
os crentes não praticam tais atos é porque o pastor não deixa, então o pastor é
bom mesmo! Porém quem impede de fazer isso é Deus, porque Ele nos libertou do
poder do pecado, e agora somos livres do pecado, somos libertos do poder do
pecado, somos livres dos vícios. Mas o pecador peca, não por ser livre para
pecar, mas por ser escravo do pecado: "Todo aquele que comete pecado é escravo
do pecado” (Jo 8.34).
CONCLUSÃO
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