segunda-feira, 3 de junho de 2013

LIÇÃO – 07 (23/02/2013) A DEPENDÊNCIA DO CRISTÃO

Texto Áureo:Gálatas: 4. 1

INTRODUÇÃO:
Pode parecer contraditório o tema desta lição, pois a Bíblia diz que aquele a quem o Filho de Deus libertar, verdadeiramente ficará livre: Jo 8.36. E, se o crente é completamente livre, em que poderia ser ele dependente, e de que poderia depender? Realmente, o crente liberto de tudo o que seja, jugo exceto Jugo de Jesus: "Tornai sobre vós o meu Jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontreis descanso para as vossas almas" (Mt 11.29). O cristão é dependente de Deus, pois em si mesmo não tem poder para viver vitoriosamente sobre o pecado, neste mundo tenebroso. Vamos ao estudo deste importante assunto, para sermos dependentes de Deus e tirarmos disso o maior proveito possível.
1      – DE QUE SOMOS LIBERTOS?
1.1 – Do distanciamento de Deus
A Bíblia diz que o mundo incrédulo vive distanciado de Deus: "naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo" (Ef 2.12). Esta é a situação do mundo distanciado de Deus, o mundo incrédulo e Indiferente à pregação do evangelho de Cristo. As escrituras falam que o homem se afastou de Deus. Isaías foi usado pelo Espírito Santo, para apelar: "Convertei-vos, pois, ó filho de Israel, àquele de quem tanto vos afastastes" (Is 31.6). Cristo nos libertou da distância que nos separava de Deus, quando Ele mesmo, sendo Deus, se fez carne e habitou entre nós. Sendo Jesus Deus-homem, eliminou a distância entre Deus e o homem.
1.2    –Da barreira de separação
No Templo, em Jerusalém, havia uma separação entre o lugar santo e o lugar santíssimo, por meio de um véu. Não era um véu, como o de uma noiva, transparente, mas um espesso tecido, que eliminava qualquer comunicação entre o santo e o santíssimo. Aquele véu existia, porque o pecado separava o homem de Deus. Mas, no momento em que Jesus expirou lá na cruz do monte Calvário, aquele véu se rasgou de alto a baixo: Mt 27.51 ; Me 15.38; Lc 23.45. Jesus estava demostrando assim, que não há mais separação entre Deus e o homem.
1.3    – Do poder do pecado
Quando falamos de libertação do pecado não estamos dizendo tudo. Não somos apenas libertos do pecado. E é por pensar assim, erradamente, que muitos crentes não vivem uma vida imune do pecado. É que eles ficaram livres dos pecados cometidos e não tomaram posse da bênção de ficar libertados do poder do pecado. Ficamos libertos dos pecados pelo sangue que Jesus derramou na cruz. Mas só ficamos libertos do poder do pecado pela cruz de Cristo, ou seja, crucificados com Cristo, como Paulo: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim ...(GI2.19a).
2 – POR QUE E DE QUEM O CRISTÃO DEPENDE?
2.1 – Não existe aparente diferença entre salvo e perdido
A diferença que existe alguém poderia opinar, é porque muitos crentes usam um traje característico. Mas isso é aparência exterior, que nada demostra, pois qualquer pessoa pode usar os mesmos trajes. Paulo falou sobre a semelhança da situação presente entre o salvo e perdido: "Digo, pois, que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo' (GI4.1). E nós vivemos neste mundo como herdeiros do Céu, mas aqui temos os mesmos percalços que tem qualquer pessoa. Como "meninos' que ainda não receberam a herança, aqui vivemos, nada diferindo dos "servos", que jamais a receberão.
2.2 – Até mesmo Jesus sujeitou-se à obediência
Aqui na terra Jesus, que é o Rei da Glória, também esteve sujeito aos seus pais terrenos, José e Maria: Lc 2.51. Jesus viveu de modo exemplar, para nos dar o ensino, pelo que foi sujeito aos seus pais: 1 Pe 2.21. E nós devemos estar sujeitos aos pais, enquanto crianças, adolescentes, jovens e até mesmo adultos, pois os nossos pais merecem ser respeitados e honrados em todo tempo. Já dissemos que Jesus viveu e exerceu o seu ministério terreno como homem e não como Deus. E como2 homem, deu-nos o exemplo de sujeição aos pais.
2.3 – Todos dependem de Deus
Mas é em grande meneira conhecido, por todo crente, que em tudo dependemos de Deus. E: Ai daquele que quiser ser independente d'Ele! Paulo disse: "Porque nele vivemos, e nos movemos e existimos' (At 17.28). O filho só se torna senhor de sua vida, depois que alcança a maioridade e toma posse de tudo o que lhe pertence. Aí, então, se manifestará a grande diferença entre o herdeiro e o servo. Enquanto estamos esperando o dia em que entraremos na posse da nossa herança, estejamos em tudo sujeitos e dependentes do Pai, pois Ele tem cuidado de nós: 1 Pe 5.7.
3 – EM QUE CONSISTE A VERDADEIRA LIBERDADE?
3. 1 – Não é para desfrutarmos dos prazeres transitórios
Há quem busque libertação, mas para fazer mau uso da liberdade, isto é, para poder usufruir melhor do pecado. Todo aquele que peca é escravo do pecado: Jo 8.34. Jesus nos liberta, se verdadeiramente queremos ficar livres do pecado: "Se, porém, andarmos na luz, como ele na luz está, mantemos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado' (1 Jo 1.7). Portanto, ninguém poderá ser livre para viver na prática do pecado. Viver na prática do pecado já é ser escravo e não livre. E melhor ser servo de Jesus, voluntariamente, do que ser servo do pecado, escravizado por ele. Afinal, servo é o que serve voluntariamente; escravo o que serve forçadamente.
3.2 – É verdadeiramente livre o que se fizer servo de Cristo
É para servirmos a Cristo, que somos livres. Certa vez, alguém disse que os crentes não bebem, não jogam, não dançam etc., porque o pastor não deixa. Então lhe perguntei: E quem é que não deixa o pastor fazer essas coisas? A pessoa pensou um pouco e saiu, andando depressa, sem dar resposta. É que ela não podia responder, pois sempre existiria outra pergunta. Ela não sabe que quem impede o pastor de fazer essas coisas que é Deus. E, se os crentes não praticam tais atos é porque o pastor não deixa, então o pastor é bom mesmo! Porém quem impede de fazer isso é Deus, porque Ele nos libertou do poder do pecado, e agora somos livres do pecado, somos libertos do poder do pecado, somos livres dos vícios. Mas o pecador peca, não por ser livre para pecar, mas por ser escravo do pecado: "Todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8.34).

CONCLUSÃO

O crente fica liberto da distância que o separava de Deus, quando aceita a Jesus como seu Salvador pessoal, porque Ele se fez carne e habitou entre nós, sendo Deus-homem. Ele o fez em benefício de toda a humanidade. Jesus tirou a barreira de separação entre Deus e o homem, pagando o preço da libertação do pecador e livrando-o do poder do pecado. Por isso, o crente só depende de Deus, para viver uma vida vitoriosa, contra o mundo e contra o pecado. Jesus nos livrou do pecado e suas conseqüências, para vivermos para Ele e não para vivermos para satisfazer os nossos próprios interesses e paixões carnais. Não é para pecar que o homem é liberto, mas viver sem pecar, buscando cada dia mais a santificação de sua vida.

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