Texto Áureo: Deuteronômio: 26. 10
INTRODUÇÃO:
E bem sabido que o culto tem despesas, e que alguém tem de pagar o seu
custo, para que possa continuar a ser exercido. Na Igreja de Jesus isso é feito
como forma de louvor e adoração a Deus. Na realidade, o que oferecemos é um
pouco do muito que recebemos. Deus nos dá tudo, pelo que não é difícil
devolver-lhe como gratidão, um pouco, que serve para custear as despesas do
culto: aluguéis, água, luz, compra de móveis e utensílios, sustento de obreiros,
são alguns exemplos das despesas com o culto a Deus. Nos dias do Velho
Testamento, em Israel, havia a tribo de Levi, que vivia do que era oferecido
para o culto a Deus. Hoje, são os ministros que se dedicam ao trabalho do
Senhor, que recebem sustento: "Digno é o obreiro do seu salário" (1 Tm
5.18).
1
– A CONTRIBUIÇÃO ENSINADA NAS ESCRITURAS
1.1 – Os dízimos
Os dízimos foram estabelecidos antes de existir um só livro da Bíblia.
Portanto, o dízimo não é apenas um questão da lei, como querem alguns. Vejamos,
por exemplo: Abraão deu dízimos a Melquisedeque, quinhentos anos antes de
Moisés escrever o Pentateuco: Gn 14.20; Jacó fez voto de dar o dízimo mais de
quatrocentos anos antes da lei: Gn 28.22. O dízimo é o método mais justo para
contribuição, porque não é muito para o pobre e nem é pouco para o rico. O Novo
Testamento incorpora o ensino sobre a prática de dízimo: No ensino sobre o zelo
do fariseus: (Mt 23.23; 22) quando diz que "aqui recebem dízimos homens
que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive" (Hb 7.8). E
sabemos que "Aquele de quem se testifica que vive" é Jesus. Logo,
Jesus recebe dízimos, através de sua Igreja na terra.
1.2 –As ofertas alçadas
O profeta Malaquias ensinou sobre os dízimos e
ofertas, com uma linguagem muito dura, porque o povo roubava e não entregava
aquilo que era exclusivamente de Deus: os dízimos e as ofertas: MI 3.7-12. Ora,
se o homem pode roubar de Deus por não entregar os dízimos e as ofertas, é
porque as ofertas não são para ser dadas apenas se o oferente o quiser, mas é
uma obrigação do ofertante. A diferença entre os dízimos e as ofertas é que os
dízimos são baseados no valor da renda: dez por cento; enquanto que as ofertas
são voluntárias, isto é, o ofertante dá conforme propuser no seu coração.
Portanto, ofertas voluntárias não significa "dar se quiser", mas
"o quanto quiser" dar o ofertante.
1.3 - Deus incorporou o
dízimo à lei dada por Moisés
Deus mandou que Moisés incluísse na lei a
prática do dízimo: Lv 27.30-34. E disse, ao explicar a lei, no livro do
Deuteronômio: "não poderás comer o dízimo" (Dt 12.17a). A oferta
alçada (levantada ao Senhor) deverá ser dada para atender às necessidades
especiais da obra do Senhor. E deve ser uma real demonstração do nosso amor à
obra. Oferta alçada não é "coleta" e muito menos "esmola".
Oferta alçada é uma oferta significativa, em relação à nossa condição. A oferta
da viúva foi "tudo o que ela possuía, todo o seu sustento" (Me
12.41-44).
2 – A IMPORTÂNCIA DA
CONTRIBUIÇÃO
2.1 – Sem contribuição, a
obra de Deus sofre
O andamento do trabalho evangelístico tem sido pouco acelerado, porque
faltam recursos. Paulo teve de parar de evangelizar, para fazer tendas 1 Co
9.7-14. Sem dinheiro, não é possível imprimir literatura, fazer programas de
rádio, manter um salão de cultos, sustentar os obreiros nos campos missionários
etc. Tudo tem um custo elevado, em proporção aos parcos recursos da obra.
Muitos irmãos preferem investir com fins lucrativos imediatos a dar para o
sustento da obra de Deus, que tem lucro na eternidade. Por isso, a obra sofre e
tem seu curso retardado.
2.2 – A contribuição é
obediência ao mandamento de Deus
Se quisermos cumprir as Escrituras, teremos de contribuir para a obra
de Deus e, de preferência, contribuir de forma liberal. Seria tão bom se
voltasse a acontecer uma experiência como aquela registrada em Êxodo 36, em que
Moisés mandou anunciar no arraial dos filhos de Israel: "Nenhum homem nem
mulher faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Porque tinham matéria
bastante para toda a obra que havia de fazer-se, e ainda sobejava" (Êx 36.
6,7). E a Palavra de Deus é clara: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro,
para que haja mantimento na minha casa... : (MI 3.10a); "Em que te roubamos?
Nos dízimos e nas ofertas alçadas" (v.8).
1.2
– A obediência nas contribuições traz bênçãos ao contribuinte
A palavra pregada por Malaquias fala de maldição aos que roubam a Deus
e bênção para os fiéis MI 3.7-12. Deus dá certas bênçãos a todas as pessoas,
indistintamente: o sol, a chuva, a noite, o dia etc; outras bênçãos, Deus dá
somente aos seus filhos: a salvação, a santificação, a plenitude do seu
Espírito Santo, os dons espirituais, o fruto do Espírito santo, a presença do
Consolador etc., mas há certas bênçãos que só o crente fiel recebe: janelas do Céu
abertas e bênçãos sem medida. Não devemos roubar a Deus. Mas só o fará aquele gosta
de sofrer, perdendo as bênçãos de Deus.
2 – A PRÁTICA CORRETA DA
CONTRIBUIÇÃO
3.1 –Primeiro é preciso ser
convertido
Deus não quer o nosso dinheiro em primeiro lugar. Mas quer primeiro a
nossa vida, o nosso coração. Ele não precisa de nosso dinheiro, que, na verdade,
não é nosso, mas d'Ele: "minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos
Exércitos" (Ag 2.8). Por isso, o dinheiro não pode comprar as coisas de Deus.
E nossas obras (inclusive as de dar dinheiro) são trapos de imundícia, sem nenhum
valor para Deus: Is 64.6. Mas, quando somos salvos por Cristo, passando por uma
obra completa de regeneração, somos novas criaturas, pelo que Deus aceita as
nossas ofertas, nossos dízimos, nossas obras, porque são feitas em Deus.
3.2 – Oferta é o damos além
do dízimo
Todo crente já sabe que o
dízimo é a décima parte da nossa renda. Mas nem todos sabem que oferta é o que
damos depois de ter dado o dízimo. Quem nega o dízimo, não é ofertante, como
alguns querem, mas é ladrão mesmo, como diz a Escritura em Malaquias 3.8. Para
se calcular o dízimo, tira-se um zero à direita do valor de nossa renda. O que
ficar, é o dízimo. Nós ficamos com o zero. Com o nosso zero viveremos muito
bem, porque ele vale 90 por cento do nosso salário, acrescido de janelas
abertas no Céu e bênçãos sem medida, que nos darão a maior abastança. Se cada
crente for fiel e entregar os dízimos mais ofertas alçadas, haverá fartura na
casa de Deus. A obra prosseguirá como nunca. E haverá fartura nas casas dos
crentes, com as bênçãos de Deus.
3.3 – É preciso gastar de
forma conveniente os 90%
Deus não ficará
satisfeito se dermos os dízimos pontualmente e depois gastarmos de qualquer maneira
os noventa por cento restantes. Exemplo disso pode ser visto no milagre que
Jesus fez, curando dez leprosos, Um deles voltou, para agradecer a Jesus. Era o
dízimo. Mas Jesus lhe perguntou: "Onde estão os outros nove?" (Lc
17,17), Você é dizimista, mas Jesus lhe pergunta: "Onde estão ás outras
nove partes? Em que você tem gasto as outras nove partes?" Responda para
si mesmo. A responsabilidade é sua. A pergunta é feita a você, mas quem quer a
resposta é Deus. E ele conhece o seu coração, sua mente, suas ações. A Ele você
não pode enganar. Imaginemos se um crente dizimista fiel, gastar a outra parte
com jogos, bebidas e outras futilidades e pecados. Deus pede conta da nossa
parte também. Ele não precisa e nem quer o nosso dinheiro, mas Ele quer a nossa
vida inteira para Ele,
CONCLUSÃO
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