domingo, 7 de julho de 2013

O ESTILO DE VIDA CRISTÃ

INTRODUÇÃO:
Ninguém duvida de que a vida do crente tem de ser piedosa. Se alguém não vive piedosamente sabe, pelo menos, que deveria viver assim. Portanto, este é um assunto bom de ser estudado, pois não existe ponto de contradição. Todo verdadeiro crente é ou deseja ser um crente piedoso. Neste estudo veremos alguns passos que o crente precisa dar, para alcançar o que almeja, na carreira cristã. Pode parecer difícil, mas não o é, desde que haja, por parte do crente, vontade e determinação, no sentido de obter o desejado.
1      – MORTO PARA O PECADO
1.1 – É não permanecer no pecado
Paulo formula uma pergunta e ele mesmo a responde: "Permaneceremos no pecado? De modo nenhum. Nós, que estam os mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Rm 6.1 ,2). De fato, o crente deve estar bem vivo eternamente, mas morto para o pecado. E estar morto para o pecado não significa estar isento da tentação, pois até Jesus foi tentado, mas estar morto para o pecado é não se sentir interessado em pecar, é sentir ódio ao pecado. Estar morto para o pecado é vencer as tentações pelo fato de estar mais interessado em agradar a Deus, e em ter mais prazer nas coisas de Deus. Estar morto para o pecado é estar isento das tendências naturais do velho homem, que já morreu na hora da nossa conversão a Cristo.
1.2    – É crucificar a carne com as suas paixões
Paulo fala claro a esse respeito, ao escrever aos gálatas: "E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências" (GI 5.24). Por haver entendido bem este princípio, Paulo declar~: "Já_ esto~ crucificado com Cristo; e VIVO, nao mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, a qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim" (GI 2.19). Se estivermos crucificados com Cristo, na nossa carne, como poderemos praticar o pecado? Os que praticam o pecado ainda não passaram pela cruz. Crucificado, ninguém pode pecar. Aceitemos a crucificação da nossa carne e suas tendências, e estaremos livres do pecado.
1.3 – É andar no Espírito
Espírito, no texto citado, aparece com a letra maiúscula, porque se trata do Espírito Santo: "Digo, porém: Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne" (GI 5.16). Algumas Bíblias vêm com a tradução "andai em Espírito". Precisamos entender que toda tradução tem suas dificuldades, mas o fato é que não é a melhor tradução, pois o sentido mais correto é o de "andar sob a influência do Espírito Santo" ou "andar pelo Espírito", mas a Edição Revista e Atualizada no Brasil dá uma boa tradução: "Andai no Espírito". Não "no espírito", porque "espírito", com minúscula, não é o Espírito Santo de Deus.
2 – A VIDA PIEDOSA E EDIFICAÇÃO ESPIRITUAL
2.1 – A necessidade do novo nascimento
Quando Jesus recebeu a visita do fariseu Nicodemos, não perdeu tempo com assuntos de pouca importância, mas Jesus foi ao âmago do problema daquele homem: o novo nascimento: Jo 3.3-7. "Necessário vos é nascer de novo", Ao crer em Jesus e o aceitar como único Salvador, o homem velho dá lugar a uma nova criatura. O novo nascido, ou recém-nascido espiritual é uma criança em Cristo. Nunca deverá ser tratado como adulto espiritual, porque é ainda uma criança. O problema de muitas igrejas é exatamente este: querer que recém-convetido se comporte como os crentes velhos, que Já tiveram bastante tempo para crescer.
2.2 – Com o passar do tempo o novo convertido deve crescer
Infelizmente, n m sempre os novos convertidos crescem, normalmente. Talvez, é bem provável, não crescem porque não são ensinados pelos velhos crentes, que também, por sua vez, não tiveram um crescimento normal. Por isso, há muitos "anões" espirituais em nossas igrejas em geral. Pessoas que ali estão há 10, 20, 30 anos ou mais, sem crescimento; o tempo passa, mas elas continuam crianças em Cristo: fazem birra, choram por qualquer motivo, brigam com as outras "crianças" da igreja, e acham que estão sempre cQ(Tem a razão, porque, afinal, foi Jesus quem disse: "se não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus" (Mt 18.3). Mas devemos ser meninos, sim, mas na malícia. Paulo aconselhou: "irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento" (1 Co 14.20) ..
2.3 – A maturidade espiritual é uma benção para a obra de Deus
Um crente amadurecido, formado adulto em Cristo, é um auxiliar do pastor, nunca dá trabalho, porque trabalha e ajuda. infelizmente, muitos pastores e líderes passam boa parte do seu tempo dando "mamadeiras" a meninos-velhos na igreja, enquanto o progresso da obra fica retardado. E se o pastor não Ihes der a mamadeira direitinho, que problema Muitas vezes até o pastor tem de sair daquela igreja. Então chama outro "pastor-babá'. O autor da Carta aos Hebreus disse: Porque qualquer que se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino" (Hb 5.13). Atendamos ao apelo de Paulo: "Irmãos, não sejais meninos .. ." (1 Co 14.20).
3 – A PRONTIDÃO PARA SERVIR
3. 1 – A necessidade do trabalho
E lamentável que muitos em nossas igrejas, que poderiam fazer um grande trabalho, não estão dispostos a trabalhar. Mas ainda existe o pior: Gente que não trabalha e ainda dá trabalho. E há os que se queixam de não terem cargos na igreja. Não estam os falando, é claro, dos novos convertidos, que ainda não alcançaram a experiência mínima para poderem fazer algo na obra de Deus. Esses são merecedores do nosso maior cuidado. O trabalho que temos com eles é do nosso dever, e o nosso tempo gasto com eles é bem aproveitado. Lamentamos é que gente que podia ajudar não ajuda. Na igreja, quem mais trabalha mais cresce. A igreja precisa de irmãos que queiram crescer trabalhando. Não espere por receber cargos. Trabalhe ajudando os que têm cargos. . Depois os terá também.
3.2 – Deus nos mandou trabalhar e nos deu exemplo
Adão foi colocado no Éden para cuidar dele: lavrar a terra e o guardar: Gn 2.15. Nos dez mandamentos, Deus manda trabalhar: "Seis dias trabalharás e farás toda al sua obra" (Êx 20.9). Jesus disse: "~éu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também" (Jo 5.17). O crente piedoso não dá trabalho, porque é uma pessoa que sabe desviar-se do mal, é obediente e está sempre pronto a trabalhar em prol do crescimento do reino de Deus. Quem não se sentir enquadrado nestes moldes, não se ofenda, antes reconheça o seu erro e busque ao Senhor, para que possa pertencer ao número daqueles que se dão pela obra de Deus. Nenhum dos que hoje estão enquadrados no plano ideal de maturidade cristã acha-se assim a vida toda. Houve dias em que eram meninos em Cristo também...
3.3 – O trabalho edifica primeiro ao que trabalha
É verdade que o que trabalha nem sempre é reconhecido por isso. Mas a recompensa do trabalhador é muito grande. Antes de mais nada, o que trabalha na obra de Deus recebe a recompensa da edificação pessoal, o que já é um grande prêmio. Mas ainda recebe a bênção de ver seu trabalho produzir frutos para a glória de Deus. E, como se tudo isso não bastasse, recebe o reconhecimento de Deus e da igreja, por fim receberá galardão no Céu. As bênçãos são grandes e incontáveis. Certa vez, minha esposa pediu-me para passar perfume nas crianças, para irmos ao culto. Observei que eu ficava perfumado primeiro. Assim é com quem trabalha na seara do nosso Mestre. Quem trabalha é edificado.   

CONCLUSÃO


O crente que quiser viver uma vida piedosa terá de morrer para o pecado, crucificando a sua carne com todas as suas paixões, passado a andar no Espírito, ou seja, sob a influência do Espírito Santo. A vida piedosa implica num processo de crescimento espiritual. O recém convertido é urna criança em Cristo. E precisa crescer, até alcançar a maturidade espiritual, e pode ganhar outros e ajudar outros na carreira cristã. A vida piedosa é também, prontidão para o serviço do Senhor. Todo crente piedoso é também trabalhador. Deus nos mandou trabalhar, e Ele mesmo deu o exemplo. Sigamos esse exemplo e trabalhemos.

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