domingo, 26 de junho de 2016

A DOUTRINA DA UNICIDADE


DOUTRINA DA UNICIDADE



Texto Áureo: Isaías: 45. 6



INTRODUÇÃO:

Ser supremo, princípio da criação, soberano, onipotente, onipresente, onisciente, o Todo-poderoso e muitos outros atributos como estes direcionados ao Senhor nosso Deus, revelam que dentro de uma mesma morada não pode haver dois seres que venham a possuir semelhante divindade, dois seres absolutos, dois que estejam a exercer todo o poder. Por conseguinte, estudaremos a partir de agora os três atributos de Deus, de forma bem detalhada.

1 – NA CRIAÇÃO

1.1      – A existência de Deus

“No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis: 1.1)

Admiravelmente, vemos a primeira manifestação do nosso Deus, exercendo o seu primeiro atributo, “Criador”. Observamos que a palavra ou nome titulado “Criador” significa: formador, inventor, fundador. Em outras palavras, alguém capaz de fazer algo de sua própria ideia e de sua própria maneira. Não obstante, a astrofísica afirma que a origem do Universo se deu não por conta de uma intervenção divina, mas por uma ação em cadeia de fenômenos físico-químicos. Porém, se tal afirmativa fosse verdadeira seria, por isso, necessário negar a existência de Deus, e admitirmos uma vida terminal, estaríamos todos perdidos e condenados ao infortúnio da sorte e do acaso. Há uma música secular que diz: “O acaso vai me proteger”; transmite a ideia de que Deus é apenas puro acaso. Você acredita nisso?

1.2      – Deus é o único criador

“Eu fiz a terra, e criei nela o homem; eu fiz: as minhas mãos estenderam os céus...” (Isaías: 45. 12ª). Observamos com isto que não pode haver dois criadores para o grande Universo. “Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os desenrolou, e estendeu a terra e o que dela procede; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela” (Isaías: 42. 5). Todos os profetas ao se referirem à criação, nunca mencionam “senhores da criação", mas sempre usa o termo “Senhor” (Gên.: 2.4; Zc: 12.1; Is: 42.5; 44.24; 45.12; 45.7; Sl: 102.2,25; 24.12; Pv: 3.19).

1.3      - Genesis: 1. 26

Poderia agora surgir a pergunta: porque Deus usou a expressão: “façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”; Estaria falando com as outras pessoas distintas da “Santíssima trindade”? Claro que não, pois como sabemos a “Santíssima Trindade” não existe, visto que é uma mensagem implantada pela Igreja Católica, a partir do Concílio de Nicéia no ano 325 depois de Cristo. Portanto, quando Deus usou a expressão “façamos”, não estava referindo-se as pessoas distintas da trindade, mas aos anjos que lhe cercavam. Veja o que diz a escritura; “Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?” (Jó: 38.7). Deus nunca se manifesta sem que haja anjos ao seu redor. Quando veio entregar a lei (Dt: 33. 2); quando vir o julgamento (Dn: 7.10). Na criação os anjos também estavam presentes; “Eu é que fiz a terra, e nela criei o homem; as minhas mãos estenderam os céus, e a todo o seu exército dei as minhas ordens” (Is: 44. 24). Com isso, dizemos que Deus é o único Criador: “Assim diz o Senhor, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o Senhor que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus, e espraiei a terra (quem estava comigo?)” (Is: 44.24).

2 – NA JUSTIFICAÇÃO

2.1 – Ele: o Verbo

“No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus; E verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória como a glória do unigênito do Pai cheio de graça e de verdade” (João: 1. 1,14).

No começo de tudo a única existência era a palavra (verbo); através da palavra (verbo) todas as coisas foram feitas; e sem a palavra nada poderia ter sido feito, sem a palavra nada existiria; Deus é a própria palavra que formou todas as coisas. E esta mesma palavra de ação, ou seja, o verbo se fez carne, se fez humano e habitou entre nós. Deus habitou em forma humana entre nós: “mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses: 2. 7,8).

2.2 – Motivos que levaram Deus a manifestar-se como homem

2.2.1 – Toda raça humana estava afastada de Deus

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” (Romanos: 3.23); “... andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Efésios: 2.3).

2.2.2 – Só existe remissão (perdão) através do sangue

“...; porquanto é o sangue que faz expiação, em virtude da vida” (Lv: 17. 11b). “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb: 9. 22).

2.2.3 – Sacrifícios de animais já não agradavam a Deus

“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes” (Isaías: 1. 11). “Sacrifício e oferta não desejas; abriste-me os ouvidos; holocausto e oferta de expiação pelo pecado não reclamaste” (Sl: 40. 6). “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire pecados” (Hb: 10.4).

2.2.4 – Era necessário um sumo sacerdote perfeito e também um sacrifício perfeito

“mas na segunda só o sumo sacerdote, uma vez por ano, não sem sangue, o qual ele oferece por si mesmo e pelos erros do povo; dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não está descoberto,...” (Hb: 9. 7-8).

2.3 – Onde encontrar um sacrifício perfeito?

Haveria entre nós um sacrifício, ainda que humano capaz de apagar os pecados de centenas de pessoas? Certamente que entre os homens não havia e não há, por que todos possuem pecados: “Se dissermos que não temos pecados enganamo-nos a nós mesmos;...” (I João: 1. 8).

Mas, como Deus sendo Espírito, derramaria sangue? Pois a escritura diz: “Deus é Espírito...” (I João: 4. 24). É exatamente nesse momento que as palavras do apóstolo, são expressas, onde diz: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós...” (João: 1. 1-14); isto é: “... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo...” (II Coríntios: 5. 19). Expressamente fala o apóstolo na carta aos hebreus dizendo: “Mas vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos; isto é, não desta criação; Nem por sangue dos bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hb: 9. 11-12). “..., para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue” (At: 20. 28).

3 – NA INTERCESSÃO

3. 1 – O Ministério da intercessão

“Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras” (João: 16.13).

Notamos que o ministério da intercessão, sobre qual está escrito no texto acima (João: 16. 13) “... aquele Espírito de Verdade...”, ao qual a Bíblia refere-se como consolador (Intercessor, Paracleto, Espírito Santo). 

3.2 – Quem é o Consolador?

Quem é o Consolador? Seria a terceira pessoa da “Santíssima Trindade”, Não! Porquanto, seria necessária a existência de outro espírito supostamente mais puro, mais santo do que Deus, pois está escrito: “Deus é Espírito...” (João: 4. 24).  Uma vez que, o Consolador é o Espírito Santo (João: 14. 26). Agora se ponderarmos bem, Deus é Espírito, sendo assim pode haver um espírito mais puro, mais santo do que DEUS? Logo, Deus é o próprio e único Espírito Santo. O próprio Deus ao se referir sobre o Consolador disse: “... derramarei o meu Espírito...” (Joel: 2. 28).

3.3 – O outro Consolador
Porque Jesus usou a expressão: “... Outro Consolador...”? (João: 14. 16). Neste versículo Jesus não está falando de um ser diferente, pois no manuscrito, o qual foi escrito em grego, não foi usado o vocábulo “Heteros” = Outro diferente, mas empregou-se o vocábulo “Allos” = Outro igual; vocábulo utilizado para referir-se a uma pessoa capaz de realizar ações diferentes, mas tendo em si o mesmo objetivo ou de mesma essência. Portanto, vemos que o Consolador não é outra pessoa (distinta; diferente).

DOUTRINA DA UNICIDADE
PARTE 2

Texto Áureo: João 1. 10 -11

INTRODUÇÃO:
Veremos algumas características principais de Jesus Cristo como “o Verbo”. O significado do “Verbo” e “Pai”. Cristo existia antes da Criação do mundo? Ele é um ser existente desde a eternidade? Cristo era divino ou humano? O que havia “Pré” e “Pós” a criação?
Deus revela-se no Novo Testamento como Emanuel, o Deus conosco, ou enviou um semideus? São questões que nos ajudarão a mergulhar em nossos estudos e ao final estaremos aptos a defender nossas ideias a cerca do assunto.
Bons estudos compartilhe o que aprender, e lembre-se, a melhor atitude do aprendiz é manter-se motivado diante do desafio do saber.
4 – NO PRINCÍPIO ERA O VERBO
4.1 – O que é o “Verbo”?
“Verbo”, vem do grego “logos”, que significa “palavra”, ora traduzido como estudo nos casos em que refere-se à ciência. No entanto, no caso em questão “Verbo é Palavra”. Mediante o título de Cristo, João apresenta a Palavra de Deus personificada e declara: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória de Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João: 1. 14).
4.2 – O Verbo se fez carne
Em Jesus, Deus tornou-se um ser humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Este é o postulado básico da encarnação: Cristo deixou o céu e experimentou a condição de vida e do ambiente humano ao entrar no mundo pela porta do nascimento humano (Mateus 1. 23). “Porque eis que o Senhor sai do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra” (Miquéias 1. 3).
4.3 – Os seus não o conheceram
Os seus e nem o mundo o conheceu, o “mundo” no sentido da sociedade organizada e que age independente de Deus, da sua Palavra e do seu governo. O mundo nunca concordará com Cristo; permanecerá indiferente ou hostil a Cristo e ao seu evangelho, até o final dos tempos. O mundo é o grande oponente do Salvador na história da salvação (Tiago 4. 4; 1 João 2. 15-17; 4. 5).
5 – A MAIS NOTÁVEL MANIFESTAÇÃO
5.1 – Uma nova forma de Deus falar aos homens
“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho.” (Hebreus 1. 1). No passado, o instrumento principal de Deus para sua revelação foram os profetas, mas agora ele tem falado, ou se revelado como Filho, o unigênito do Pai, que é supremo sobre todas as coisas. Ele cumpre e transcende tudo o que foi anteriormente falado da parte de Deus. Ele é o único caminho para a salvação eterna e o único mediador desta salvação.
5.2 – Deus preparou um corpo para si
O sangue de animais era apenas uma provisão ou expiação temporária pelos pecados do povo; assim foi necessário um homem para servir como substituto da humanidade. Por isso, Cristo veio à terra e nasceu como homem a fim de que pudesse oferecer-se a si mesmo em nosso lugar. Além disso, somente alguém isento de pecado poderia tomar sobre si, nosso castigo pelo pecado, e assim, de modo suficiente e perfeito, satisfazer as exigências para remissão (Romanos 3. 25, 26).
5.3 – Deus se dá a conhecer aos homens
“Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis e o tendes visto” (João 14. 7). Deus manifestou-se aos homens, porém os homens não o reconheceram a sua presença e sua forma manifesta, pelo que a recusa em aceitar a Deus não se dá só no passado, mas também no presente, pois muitos deixam o Deus monoteísta e caem na pressuposta adoração de um politeísmo inexistente chamado de Trindade.
6 – QUEM ERA EMANUEL
6.1 – O Deus Conosco
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel”. É inegável, que o profeta Isaías profetizou a vinda de um menino, nascido de uma virgem, que seria chamado “Emanuel”, um termo hebraico que significa “Deus conosco” (Isaías 7. 14). Essa predição foi feita 700 anos antes do nascimento de Cristo. A concepção de Jesus, não foi por meios naturais, mas sobrenaturais, daí por que as escrituras dizem: “o Santo que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lucas 1. 35). Logo, Jesus é Deus manifesto a nós os seres humanos.
6.2 – O Eu sou
“E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3. 14). O Senhor deu a si mesmo o nome pessoal: “EU SOU O QUE SOU” (de onde deriva o hebraico: Javé ou Iavé), uma expressão hebraica que expressa ação. Deus estava dizendo a Moisés que está presente e ativo. No Novo Testamento Deus manifestou-se como o Cristo e novamente revelando a expressão hebraica diz: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8. 58).
6.3 – O pedido de Filipe
“Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14. 7). O texto dispensa maiores explicações, por isso, reflita e analise com o coração aberto e disposto a aceitar o que realmente está escrito.
CONCLUSÃO
No Novo Testamento vimos a mais notável manifestação de Deus, como o “Filho do homem”, “Filho do Altíssimo”, o “Filho de Deus”, o “Emanuel”. Que o Senhor traga até você toda luz do entendimento e conceda a você a revelação da sua verdade.

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